Você já sentiu que ter uma rede social é quase obrigatório hoje em dia ? O Instagram, então, virou praticamente um espelho do que a gente quer mostrar — sorrisos, viagens, conquistas.
Mas, por trás dessas fotos felizes, muita coisa fica fora do enquadramento. Foi aí que comecei a questionar: faz mesmo sentido continuar ali ?
No início, a ideia de excluir o instagram parecia até radical demais. Bateu aquele medo: será que vou aguentar ? Será que não vou sentir falta ?
Mas, aos poucos, a insatisfação, as comparações e a sensação de perder tempo só aumentavam. Até chegar aquele momento de “basta”.
O Mito da Vida Perfeita no Instagram
Basta abrir o Instagram para ver um desfile de gente sorrindo, curtindo viagens, vivendo o melhor da vida. Mas será que aquilo tudo é real ?
Muitos dias ruins ficam de fora do feed. Brigas, crises, perrengues e boletos não costumam render curtidas.
- Dias ruins desaparecem das fotos.
- Relações difíceis são omitidas.
- Problemas financeiros ninguém publica.
Confesso: eu me sentia assim, achando que a vida do outro era sempre melhor que a minha. Parecia que todo mundo estava feliz, realizado, enquanto eu só observava.
Só que, no fundo, o outro também tem dias bons e ruins — mas na internet só aparece o lado bom. A gente esquece disso e acaba se cobrando mais ainda.
O resultado ? A sensação de que a vida dos outros é sempre melhor que a nossa. Isso alimenta aquela comparação silenciosa.
E, quanto mais nos comparamos, mais distantes ficamos da nossa própria felicidade.
O Loop da Comparação e da Cobrança
Sabe quando parece que todo mundo está conquistando algo — menos você ? Eu me via nisso sempre que rolava o feed.
Era uma cobrança interna crescente, um sentimento de nunca ser “bom o bastante”. E, por mais que a gente saiba que cada pessoa tem seu próprio ritmo, a comparação bate forte.
Lembro de ver uma conhecida viajando para Portugal e, de repente, bateu aquele incômodo: “Por que eu não estou viajando ?”
Mas, pensando bem, não era o meu momento de viajar. Meu foco era outro. Mesmo assim, a insatisfação deu as caras.
Dica sincera: Quando esse desconforto aparecer, tente pausar e pensar em três coisas boas do seu dia. Dá um respiro na mente.
O Instagram mexia com minha autoestima, aumentava minha autocobrança e me fazia sentir sempre atrás dos outros.
O Choque ao Ver Quanto Tempo eu Perdia
Tudo mudou quando vi o relatório do meu celular: em um dia, passei 8 horas no Instagram. Oito horas!
Dá para aprender algo novo, cuidar da saúde, descansar — mas eu só rolei a tela.
E aí, já parou para pensar quanto tempo das suas semanas você dedica às redes sociais ?
- Imagine onde você pode chegar se investir parte desse tempo em si mesmo.
- Será que esse tempo tem realmente te feito bem ?
Perceber isso foi o empurrão que faltava para pensar em mudanças.
Eu me via chegando em casa cansada, sentando no sofá e passando o feed por horas, como se aquilo fosse um calmante.
Mas, no fim, eu só perdia tempo e ficava com a sensação de que a vida estava passando lá fora. E eu me perguntava: “Será que estou realmente aproveitando o meu tempo ?“
Desapego aos poucos: Como Foi meu Processo
Vou ser honesta: não consegui sair de uma vez. Levei tempo.
Primeiro, coloquei um temporizador no app. Fui diminuindo aos poucos — 20, 15, 10 minutos. Passei a acessar cada vez menos, até quase não sentir falta.
Um dia percebi: já nem sabia o que as pessoas estavam postando, e isso não me fazia mais falta.
Notei que muita coisa que aparecia nem fazia sentido para mim — pessoas que não via há anos, notícias que não tinham valor real.
Fui investindo esse tempo em leitura, descanso, projetos que me animavam de verdade.
- Tente reservar um horário para redes sociais — e só!
- Experimente desinstalar o aplicativo nos finais de semana.
- Preencha o tempo livre com atividades de que você realmente goste.
No começo, a ideia de excluir o Instagram nem passava pela minha cabeça. Depois, ficou natural.
O incômodo só aumentava cada vez que via minhas fotos antigas, amizades que já não faziam mais sentido, e uma exposição que não combinava mais comigo.
Tudo aquilo começou a me pesar. Senti vontade de recomeçar, de ser uma página em branco, livre daquele passado digital que já não me representava mais.
Foi quando decidi: “Agora é hora de excluir.”
Minimalismo Digital: O Que Ganhei de Verdade
Ao praticar o minimalismo digital, comecei a valorizar cada minuto. Perdi o medo de “perder algo importante” e ganhei:
- Mais tempo para mim mesma.
- Menos comparação, menos ansiedade.
- Foco no que acontece na minha vida de verdade.
Senti uma leveza nova. Descobrir prazeres simples, como ler sem interrupção, caminhar só por caminhar, viver sem pensar em postar.
Antes, eu gostava de me expor. Viajava já pensando nas fotos que queria tirar, nos stories que precisava postar.
Muitas vezes, me pegava em um lugar incrível, mas em vez de realmente estar ali, minha cabeça estava ocupada em mostrar aquele momento para os outros.
Hoje, tudo mudou. Descobri o prazer de não expor nada.
Não sinto mais a necessidade de registrar cada passo. Quando viajo, só penso em viver o agora, apreciar os detalhes, estar presente de verdade.
É libertador perceber que não devo nada ao feed, nem preciso da validação dos outros para aproveitar meus momentos.
Esse desapego me trouxe leveza e uma liberdade que há tempos eu não sentia: a liberdade de viver só para mim, não para os outros.
O Medo de Ficar de Fora: É Real ?
Sei que muita gente tem medo de excluir o Instagram. Parece que vamos perder algo, que vamos sumir das conversas.
Mas, na real, depois do susto inicial, esse medo vai embora. As amizades verdadeiras continuam. O que realmente importa chega até você, de um jeito ou de outro.
Se esse medo bater, pergunte-se: “O que eu realmente perco se sair daqui ?”. Eu achava que ia perder muito. No fim, só ganhei.
Quer Tentar ? Dicas para Começar Devagar
Não precisa excluir de uma vez. Caminhe no seu ritmo:
- Defina horários para acessar as redes sociais.
- Silencie notificações que tiram seu foco.
- Siga só conteúdos que te inspiram de verdade.
Com o tempo, você vai perceber que a vida acontece fora do feed. Vai por mim — caminhar devagar, mas constante, faz diferença.
Depois que Excluí o Instagram, Como Ficou Minha Vida ?
Hoje, quando alguém pergunta qual é o meu Instagram, eu respondo com um sorriso: “Não tenho.”
Todo aquele tempo foi revertido em projetos novos, leituras, cozinha, descobertas. Me sinto mais presente, mais viva, mais em paz.
A mente está leve. Não preciso mais saber o que os outros estão fazendo. Não me comparo e não me cobro tanto.
Se você sente que está preso nesse ciclo de comparação e autocobrança, experimente reduzir o uso — aos poucos. Talvez a liberdade que você procura esteja aí, no desapego digital.
Uma pergunta que o minimalismo me ajudou e talvez possa te ajudar também: Como tem usado o seu tempo ?
